Em último encontro da temporada, Roda de Conversa reflete sobre os espaços democráticos de debate político

No último encontro da temporada, a importância dos debates para o bom funcionamento da Democracia

Espaço cívico é um lugar social. Serve para fiscalizar, acompanhar, propor políticas públicas, através de Conselhos diversos que cuidam das mulheres, crianças, negros, idosos. Quando esse “lugar virtual” sofre “impedimentos” constantes, há violação dos direitos e da própria Democracia. Para compreender esses espaços de debate e entender a importância crucial deles para o bom andamento da Democracia, o Centro de Arte e Meio Ambiente/CAMA trouxe a temática para o centro do último Roda de Conversa do ano. O encontro aconteceu na sede do CAMA, em Alagados, e contou com a participação de sua coordenação, membros de ongs e associações, integrantes da Rede Cammpi e membros da comunidade local.

Aos poucos foi possível contextualizar a definição de espaço cívico, ressaltando que trata-se de um lugar político, não exatamente físico. E, nesse sentido, foi válido refletir que todos os temas abordados ao longo dos encontros no Roda de Conversa tinham esse viés. Para Ana Suely, coordenadora da Adocci e integrante da rede CAMMPI: “Essas Rodas de Conversa nos ajudam a entender situações que muitas vezes não aparecem na mídia”, destacou. Ainda para ela é preciso entender um pouco de política para não ficarmos sujeitos às decisões de outros.

Já Raimundo Nascimento, coordenador executivo do CAMA, enfatizou a necessidade de trazer novos atores sociais para às discussões: “Há um débito profundo da juventude nesse processo político. Nesses últimos tempos a resistência foi realizada, sobretudo nas ruas, por pessoas de mais de 40, 50 anos. É preciso reoxigenar o processo de luta!”, pontuou Nascimento.

Quando trouxemos a discussão sobre espaço cívico, do campo das ideias e colocamos na prática de nosso dia a dia, identificamos e nos aproximamos de situações que pareciam estar em outra esfera. Foi a percepção de Maria de Lourdes, a Lurdinha, a respeito das escolhas políticas dos últimos 4 anos: “Acho que Bolsonaro só fez intensificar o que nós já tínhamos e já éramos. Somos preconceituosos! A gente não vota em negro, por exemplo. E por quê? A gente vota em ACM Neto que é o “padrão de beleza”. A gente precisa se enxergar, se ver nos debates”, argumentou. Lurdinha alertou, também, sobre os novos desafios que vão chegar com esse novo governo: tomar decisões nas comunidades para além do que vem do governo. Precisamos reorganizar o sentido de construção é coletiva”, apontou.

Ainda para Maria de Lourdes, os Conselhos municipais e estaduais precisam revisar as metodologias e ações. “Se quer que a comunidade participe é preciso mudar as formas de acesso, de permanência, de convivência, de organização, de trabalho”, finalizou.

O Roda de Conversa trouxe para o debate importantes questões políticas que nos atravessam cotidianamente.. Tratamos políticas públicas, espaços de política e os rumos e as perspectivas do cenário político a partir das eleições.

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