Apesar da tensão que o tema exige, elas conseguiram trazer momentos descontraídos para a discussão

Liberdade, prioridade, valorização, coragem. Essa sequência de palavras, assim descontextualizadas, parece não fazer sentido algum. Mas, quando elas são ditas por mulheres que se expuseram num grande bate-papo, contando seu cotidiano, suas dificuldades e as estratégias pra remar contra situações adversas tudo ganha outro tom.

Para discutir questões das várias violências sofridas pelas mulheres, o Centro de Arte e Meio Ambiente – CAMA, reuniu nessa terça-feira (22) participantes das diversas ações frutos das atividades promovidas pelo Centro. As discussões passaram pela situações de vulnerabilidade, agravadas com pandemia, formas de denúncias, e dinâmicas para o estímulo da autoestima das participantes.

Para Ana Carine Nascimento, integrante da equipe técnica e executiva do CAMA, debates como esse ajudam a fortalecer uma causa importante e urgente: “Das violências do dia a dia ao feminicídio às vezes tem uma distância. Há casos em que, na fase inicial do abuso, quando ocorrem os maus tratos, os xingamentos, os gritos, os rompantes pelas roupas, por exemplo, essas situações não são vistas como violência e, em verdade, é o início de tudo”, pontuou.

Dona Elza, diretora executiva do Coral Mulheres de Alagados, um dos programas integrantes do CAMA, afirmou que o “lugar da mulher é onde ela quiser! A gente precisa acreditar em nossa capacidade de ir além. E mais: temos que acolher mulheres que passam situações de violência”, evidenciou.

O bate-papo integrou a 3ª edição da Semana Elitânia de Souza, ação que alerta para o feminicídio da jovem de mesmo nome, ocorrido em 27 de novembro de 2019, no Recôncavo Baiano.

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