“Tudo na vida são escolhas, escolhemos estar juntas na construção de uma sociedade diferente”. Elza Cândida
O Centro de Arte e Meio Ambiente – CAMA é formado por 90% de mulheres negras e vivemos na pele o que é ser mulher negra no Brasil, lutamos incessantemente por igualdade de gênero, direito a habitabilidade, a saúde, a educação, pelo combate à violência, maior representatividade, fortalecimento econômico das mulheres negras.
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Nos 365 dias do ano o Centro de Arte e Meio Ambiente- CAMA vem a partir do seu programa de raça, gênero e direitos humanos estimulando, fortalecendo e empoderando as mulheres negras dos diversos segmentos da sociedade a atuarem como protagonistas na efetivação de direitos. O fortalecimento feminino passa por estar nos espaços de discussão e na construção de ações estratégicas voltadas para as mulheres negras no combate aos diversos tipos de violência.
Quem são essas mulheres?
No mês de julho, o Centro de Arte e Meio Ambiente – CAMA, com o apoio do Fondo Acción Urgente promoveu um encontro de articulação política com mulheres da agricultura familiar, catadoras de materiais recicláveis de Salvador e da Região metropolitana, Costureiras, Cozinheiras, Artesãs, Lideranças comunitárias dos diversos bairros de Salvador.
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A atividade faz parte do programa de raça, gênero e direitos do CAMA, que têm o compromisso com o combate às desigualdades através do respeito às diferenças, ao fim das exclusões, a melhoria da qualidade de vida, luta por garantias de direitos e a implementação de políticas públicas que, de fato, contribuam para redução das desigualdades sociais, raciais, de gênero e geração.
Para Ana Carine Nascimento, coordenadora executiva do CAMA, é tão importante os espaços e momentos de trocas, ao nos juntarmos, percebemos que não estamos numa luta solitária ou por um determinado segmento, lutamos por dias melhores para todas as mulheres negras.
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“Catadoras resistem e contratação já! Esse será a nossa frase de hoje. Construímos memórias e histórias com esses encontros. Um viva as Mulheres pretas!” Jeane Santos – Catadora de materiais recicláveis.
Durante o encontro, que contou com a participação de mais de 50 mulheres e 30 instituições, as mulheres participaram de oficinas relacionadas ao bem viver, movimentando o corpo e liberando a mente. Também compartilharam relatos sobre as suas vidas e experiências para garantia de direitos.
Mulheres em Marcha!
Com cartazes reutilizáveis, produzidos com reaproveitamento de tecidos e com frases de ordem, as mulheres ganharam as ruas para reivindicar os seus direitos.
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Hoje percebi que mesmo com cartazes diferentes, somos todas iguais, por ser mulheres. As mulheres do CAMA disseram que ninguém fica sozinho, e realmente não ficamos. As mulheres do Costura fizeram a nossa faixa e as catadoras nos ajudaram na escrita e nos desenhos. Gostei muito de conhecer elas, dançamos, cantamos, distribuímos as nossa mudas – Albina da Silva, Associação dos produtores de Horta Orgânica da Morada da Lagoa – APRHOMOL.
De acordo com Andreia Araujo, coordenadora executiva do CAMA, “ depois de dois anos sem ocupar as ruas, esse é um momento histórico, mulheres de todas as partes e de diversas bandeiras, juntas, lutando para garantir direitos.
Destacamos que todas as atividades do mês de Julho é parte da 11º edição do Julho das pretas, em que celebram as Mulheres negras Latino-Americana e Caribenhas.
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Seguiremos resistindo e lutando pela garantia de direitos das mulheres negras.