Que o verão soteropolitano “bomba” não é novidade e esse vinha sendo aguardado, em especial, depois de um hiato de dois anos por conta da COVID-19 e seus desdobramentos. E a agenda segue alta com festas de largo, ensaios e outros eventos que combinam música, gastronomia, moda e agora, por que não, educação ambiental. Essa é a novidade trazida nessa edição do Mercado Iaô Verão que comprou a ideia da ONG Centro de Arte e Meio Ambiente – CAMA e garantiu a inclusão de catadoras/es de materiais recicláveis autônomos de Salvador. A atividade teve início na tarde deste domingo (15), e segue ainda mais dois finais de semana, próximo dia 22 e 05 de fevereiro.
A iniciativa foi bastante elogiada pelos frequentadores do Mercado Iaô que viram como promissora a ideia não somente para esse evento, mas um exemplo a ser seguido em demais festas e ensaios. Gente que se diverte com engajamento como Greice e Patricia que participaram de outras edições do Mercado: “Achei a ideia top! Um exemplo a ser seguido e a natureza agradece. Iniciativas como essa deveriam servir de exemplo em outros shows e grandes eventos na cidade”, concordaram. De pensamento semelhante, Igor Salvador disse que notou, logo de cara, a existência da Estação da Coleta Seletiva Solidária. “Eu já vim nas outras edições e percebi logo a novidade esse ano. Acho importante porque incentiva a consciência ambiental e facilita a atividade dos catadores. Estive no AfroPunk e vi esse cuidado por lá, também. Acredito que as produções dos eventos já deveriam inserir na estrutura dos projetos espaços como este. É um diferencial que agrega!”, pontuou, Salvador.
Para Ricardo Uzêda deveria ser obrigatório que as produções, sobretudo dos grandes eventos na cidade, reservassem espaços como este da Estação da Coleta Solidária Seletiva. Mas reconhece que é preciso haver estrutura para armazenamento dos resíduos. “Acho importante essas iniciativas, mas é imprescindível um local para guardar, sem exposição, o que é coletado. Do jeito que está aqui, se percebe que foi pensada a estrutura. Está de parabéns!”, celebrou. A expectativa da coleta não foi somente dos frequentadores. Nivaldo Brasil, Lucas, Valter Silva, José Antonio Cirne e Silvanilda, os agentes que realizaram a atividade de coleta e seleção também trabalharam entusiasmados. Em coro, concordaram que não era somente a alegria de poder trabalhar, mas realizar um trabalho importante e, de quebra, garantir um recurso. “Hoje a gente só sai daqui quando acabar o evento. Vai dá bom!”, acrescentou Cirne no ritmo da canção.
“Iniciativas como essa, da Coleta Seletiva Solidária no Mercado Iaô Verão podem, e devem, ser replicadas nos diversos eventos, que acontecem na cidade. Não só durante o verão, mas sobretudo, ao longo do ano, pois é fundamental garantir a promoção da sustentabilidade com a inclusão socioeconômica dos catadores/as”, destacou.