Mesmo na reta final, o mês de julho tem rendido quando o assunto é debate social. Ontem, o Centro de Arte e Meio Ambiente (CA MA) promoveu uma roda de conversa e atividades culturais abertas ao público.
A atividade marca o Julho das Pretas, uma agenda coletiva e pro positiva voltada para as questões de raça e gênero que busca de bater o tema e encontrar alternativas para solucionar problemas.
A ação do CAMA marcou a 10ª edição do Julho das Pretas e aconteceu na Fábrica Cultural, em Itapagipe, onde aconteceram rodas de diálogo com diversas organizações de mulheres negras.
Andréa Araújo, que é a coordenadora-geral do centro, acredita que esse encontro de ontem trouxe grandes contribuições para quem teve a oportunidade de presenciar.
“Esse grupo de mulheres debatendo to das essas questões é muito importante”, disse. “Foi mais um debate que a gente conseguiu trazer para a sociedade e que não ficará apenas nesse espaço, porque cada um que esteve aqui, com certeza, vai multiplicar essas ações nas suas comunidades”, completa.
De tema “Gênero, Patriarcado e as Mulheres Negras no Brasil”, as atividades propostas ontem levantaram questionamentos sobre a sobrevivência da mulher negra, desigualdade racial no Brasil e luta contra a violência e o racismo estrutural.
“Agente precisa discutir sobre feminicídio, mulher no merca do de trabalho, o espaço da mulher nas políticas de saúde. Temos que levantar essas pautas”, defende Andréa, que explica que a agenda foi montada sobre esse contexto.
Além dessa, muitas outras atividades estão acontecendo em Salvador em celebração ao Julho das Pretas. Hoje, a CCR Metrô Bahia promove mais uma roda de conversa, dessa vez na BiblioMetrô da estação Acesso Norte, às17h.
A roda de conversa faz parte do projeto Nos Trilhos da Diversidade e vai abordar descolonização e combate ao racismo. O projeto propõe espaços de compatilhamento e troca de saberes.
Fonte: Jornal A Tarde e Massa
Texto: Amanda Souza (redacao@jornalmassa.com.br)
Para Larissa Xavier, analista de Sustentabilidade da CCR Metrô Bahia, o debate de hoje é importante. “Esse é um tema urgente e necessário para a construção de uma sociedade efetivamente justa e inclusiva”, diz.
O evento é gratuito e aberto ao público. O debate contará com a presença da professora e historiadora Vilma Passos, que garante que o público “pode esperar um diálogo aberto baseado nas ideias de pensadores e pensadoras que lutam para tornar nossas relações sociais positivas”.