Com apoio da ONG CAMA, associações e cooperativas de Salvador entregam documento ao prefeito Bruno Reis cobrando contratação pela coleta seletiva

Durante evento realizado na manhã desta terça-feira (8), na Cooperativa Bariri, no Engenho Velho de Brotas, o prefeito Bruno Reis e o secretário de Sustentabilidade e Resiliência, Ivan Euler, participaram da entrega de melhorias na infraestrutura da cooperativa. Na ocasião, também receberam um ofício assinado por 13 cooperativas de catadores(as) de materiais recicláveis, ONG CAMA e o MNCR-BA. Entregue por Elias Júnior, presidente da Cooperbariri, o documento reivindica a contratação remunerada das associações e cooperativas para serviços de coleta e triagem e destinação final ambientalmente adequada de resíduos sólidos em Salvador, com base na atuação que o CAMA vem desenvolvendo junto a esses empreendimentos na Bahia.

As cooperativas signatárias são: Cooperguary, Canore, Cooperlix, CanaRecicla, Crun, Cooperbrava, Cooperes, Cooperbariri, Coleta Cidadã, Coopcicla, Caec, Camapet e Coocreja. O documento entregue ao prefeito e ao secretário reforça a importância de contratar, de forma remunerada, as associações e cooperativas de catadores e catadoras de materiais recicláveis para atuarem oficialmente na coleta, educação ambiental, triagem e destinação adequada dos resíduos sólidos em Salvador.

Assinado também pela ONG CAMA, o Fórum Estadual Lixo e Cidadania da Bahia (FLC-BA) e o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis na Bahia (MNCR-BA), a solicitação se baseia em legislações federais e estaduais que reconhecem o papel estratégico desses empreendimentos na política ambiental e no enfrentamento das mudanças climáticas, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) e a Política Estadual de Resíduos Sólidos da Bahia (Lei nº 12.932/2014).

“Nós esperamos obter um retorno breve para que a gente possa discutir como materializar essa grande política pública, que é uma política de reparação ao trabalho que esses profissionais prestam à capital baiana. Para nós, isso significa a possibilidade de garantir a promoção dos direitos humanos e econômicos aos catadores e catadoras de materiais recicláveis. Por isso que a ONG Cama tem contribuído há quase três décadas com esses profissionais para que eles consigam de fato obter o reconhecimento, a valorização e principalmente a remuneração pelo serviço prestado à cidade”, disse Joilson Santana, coordenador executivo da ONG CAMA e do FLC-BA.

“Por lei, desde 2010, os municípios têm por obrigação contratar as cooperativas de reciclagem para poder fazer a coleta seletiva. E o município de Salvador está atrasado em relação a isso. Na verdade, já tem uma ordem de serviço para ser assinada, hoje nós cobramos isso ao prefeito, que faça isso junto com o novo contrato que foi feito com a Limpurb”, afirmou Elias Júnior, presidente da Cooperbariri, integrante do FLC-BA e do MNCR-BA.

“Essa reforma do Morar Melhor e a entrega de um segundo documento na mão diretamente do prefeito, dentro de uma cooperativa, são um grande êxito. Temos a expectativa de que a gente consiga mais melhorias com toda a mobilização que a gente tem feito na cidade de Salvador”, destacou Jeane dos Santos, presidente da CANARECICLA e coordenadora do MNCR-BA.

“É um passo à frente que a gente dá participando do Morar Entidades, que é um benefício que vem para melhorar a instituição no recebimento das matérias recicláveis. E também a entrega oficial da nossa demanda, para o prefeito da cidade de Salvador, para que ele venha realizar os nossos sonhos, principalmente a contratação pelo serviço de coleta seletiva na cidade, que a gente já realiza há mais de 20 anos. Sem ter nenhum apoio público, muito menos um recurso para esse trabalho”, relembrou Michele Almeida, vice-presidente da Camapet e integrante do FLC-BA e MNCR-BA.

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