Projeto “Cidadão do Meio, Cidadão Mundo” dá sequência a diálogos para combater violações de direitos humanos dos catadores

O projeto “Cidadão do Meio, Cidadão Mundo” fortalecendo as organizações de catadores e catadoras de materiais recicláveis para garantia de Direitos Humanos e Cidadania, apoiado pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) realizou, nesta quinta-feira, 31, uma nova roda de conversa no espaço do Projeto Levanta-te e Anda, em Salvador, reunindo catadores de materiais recicláveis autônomos, em situação de rua. A ação dá continuidade ao trabalho iniciado no encontro anterior, fortalecendo o diálogo e a construção de propostas conjuntas para a melhoria das condições de vida e de trabalho desses profissionais.

A coordenadora geral do CAMA e assistente social, Cristiane Lopes, reforçou que este momento também marca o início de uma nova etapa do projeto. “É uma ação que visa promover os direitos humanos e já iniciamos os cadastros desse público para identificar demandas e construir propostas que contribuam para a melhoria da sua condição de vida”, explicou.

O cadastro, segundo Cristiane, tem caráter socioeconômico e de saúde. “É um formulário onde levantamos informações sobre a identificação do público, condições de moradia, saúde e uso de substâncias psicoativas, além de hábitos de atividade física. Isso nos permite compreender a realidade de cada um e planejar ações efetivas”, detalhou.

A coordenadora do Levanta-te e Anda, Gilcilene Silva, conhecida como Lena, destacou a importância da parceria com o CAMA. “É de suma importância porque é garantia de direito, é consolidar a cidadania, como dizia o Joilson Santana. Esse é um público muito vulnerável, um público invisibilizado. Quanto mais direitos nós estamos garantindo, mais visibilidade e proteção são asseguradas”, afirmou.

Lena ainda reforçou que muitos dos participantes sobrevivem da reciclagem, mas de forma precária. “Eles vivem propensos a todo tipo de violência e doença. Então, essa parceria engloba todo o sentido: proteção, garantia de direito e conhecimento dos seus saberes. Para a gente está sendo muito importante em todos esses sentidos”, completou.

A próxima etapa do projeto ocorrerá em 15 dias, quando as atividades de promoção de direitos e construção de propostas serão iniciadas com base no diagnóstico socioeconômico elaborado junto aos catadores.

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