Na manhã desta terça-feira (12), a Cooperativa dos Catadores da Cajazeiras (Coocreja) recebeu oficialmente a assinatura da ordem de serviço para construção do galpão de triagem. O ato de assinatura da ordem de serviço contou com a presença do Centro de Arte e Meio Ambiente (CAMA), além de representantes da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), da Casa Civil e da ONG Voluntárias Sociais da Bahia.
Durante o evento, foram apresentadas a planta arquitetônica e as principais funcionalidades do novo espaço, que será fundamental para o fortalecimento das atividades da cooperativa e para a melhoria das condições de trabalho das catadoras e catadores.

A construção do galpão marca um avanço histórico para a Coocreja e para toda a comunidade de Cajazeiras, consolidando anos de luta pela valorização do trabalho dos catadores e catadoras. Para Edson Menezes, diretor de logística da cooperativa, o momento simboliza a concretização de um desejo coletivo. “Este é um dia especial para a Coocreja, pois representa a realização de um sonho acalentado pelos cooperados há 20 anos. A construção deste galpão gerará empregos e renda, além de viabilizar projetos sociais, como a compostagem e a horta comunitária.”
O terreno possui uma área total de 800 metros quadrados e tem previsão de entrega para o dia 11 de agosto de 2026. O cronograma prevê três meses dedicados à fase de projeto e mais seis meses para a execução das obras. Atualmente, seis das quatorze cooperativas de catadores de Salvador ainda não dispõem de infraestrutura adequada, mas seguem mobilizadas na conquista de seus galpões.

Para a secretária de Desenvolvimento Urbano da Bahia, Jusmari Oliveira, o novo galpão representa mais um passo no fortalecimento das políticas públicas voltadas à reciclagem e à inclusão produtiva dos catadores. “Esse é o 6º galpão que o governo do estado constrói. Seis galpões em menos de três anos. E já estamos nos preparando para fazer mais dois em Salvador.” Ela ainda acrescenta que “Não é só o galpão. São os equipamentos, são os investimentos, são os cuidados de capacitação e de inclusão.”
A construção do novo galpão representa um marco para a Coocreja e reafirma o compromisso das instituições envolvidas com a valorização do trabalho dos catadores e catadoras. Mais do que uma obra física, o projeto simboliza o reconhecimento de uma categoria essencial para a sustentabilidade urbana e para a economia circular. A iniciativa reforça a importância da organização coletiva e da parceria entre governo e sociedade civil na construção de um futuro mais justo, inclusivo e ambientalmente responsável.





















