Organização reforça compromisso com o fortalecimento feminino e a luta por direitos

O Centro de Arte e Meio Ambiente (CAMA) participou, nesta sexta-feira, 25, da Marcha das Mulheres Negras, realizada na Praça da Piedade, em Salvador. O ato, que reúne mulheres negras de diversas regiões da capital e da diáspora, destaca pautas como o combate ao feminicídio, ao genocídio da juventude negra e à violência de gênero, além da luta pela garantia de direitos e pelo respeito à mulher negra.

Para a coordenadora executiva do CAMA, Ana Carine, a presença na marcha reflete diretamente a missão da organização: “O CAMA é coordenado por mulheres e atua, hábtrês décadas, fortalecendo iniciativas que colocam as mulheres negras como protagonistas na luta por justiça social e ambiental. Estar na marcha é afirmar o nosso compromisso com a construção coletiva. É o momento de unir forças com outras mulheres negras, compartilhar vivências, fortalecer alianças e articular pautas comuns que atravessam nossas vidas, nossos corpos e nossos territórios. A marcha é extensão da luta cotidiana que desenvolvemos nas cooperativas, grupos, nos empreendimentos economicos solidários e nos processos de formação”, afirmou.

Andreia Araújo, também coordenadora executiva, ressaltou que a participação do CAMA no evento não é novidade: “Marchamos contra o feminicídio, contra o genocídio da juventude negra e contra o abuso de crianças e adolescentes. Essa luta se conecta com as metas do CAMA, que atua pela garantia do direito à cidade e pelo respeito à mulher negra. Eu participo dessa marcha há mais de 10 anos, e o CAMA sempre esteve presente nessa caminhada”.

Empoderamento feminino e equidade

A participação do CAMA na Marcha das Mulheres Negras reforça o compromisso da organização com o empoderamento feminino, a promoção de direitos e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Entre as participantes, Maria do Amparo, do Coral Mulheres de Alagados, ação do CAMA, destacou o protagonismo feminino no ato: “Somos mulheres guerreiras, que enfrentam e gritam por aquilo que querem. Queremos uma vida sem racismo, machismo e discriminação. Essas ações ajudam a gente a buscar liberdade e dignidade em todos os espaços”.

Michele Almeida, catadora e vice-presidente do CAMAPET, reforçou a importância do evento também para a categoria de trabalhadoras de reciclagem: “Para nós, catadoras, essa é uma oportunidade de reivindicar nossos direitos e visibilizar pautas que muitas vezes são esquecidas. É um espaço de diálogo e de afirmação da nossa luta”, destacou.

A presença do CAMA na Marcha das Mulheres Negras também evidencia a importância da articulação entre práticas concretas e formação política. A organização atua como ponte entre mulheres dos mais diversos segmentos. Ao reunir essas segmentos, o CAMA contribui para a construção de um movimento vivo, que transforma as lutas cotidianas em potência coletiva e caminho para o bem viver.

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