Salvador já respira os festejos juninos. Como não poderia ser diferente, milhares de pessoas vão curtir o São João em diversos pontos da cidade, onde atrações se apresentam, até o dia 2 de julho.
Se para muita gente os dias de festa serão de pura diversão, para os mais de 660 catadores de matérias recicláveis beneficiados pelo projeto Arraiá Sustentável e Solidário serão de oportunidade para garantir um dinheiro a mais no bolso.
É que, enquanto a multidão vai celebrar o São João, esses trabalhadores vão fazer a coleta e a seleção de materiais recicláveis descartados nos locais das festas, que acontecerão no Parque de Exposições, no Pelourinho e em Paripe, Subúrbio de Salvador.
O Projeto
Em sua 3ª edição, o Arraiá Sustentável e Solidário vai acolher 560 catadores e catadoras de materiais recicláveis, sendo 310 autônomos e 250 cooperativados. Para auxiliar esses trabalhadores, três Vilas Juninas dos Catadores (as) de Materiais Recicláveis foram montadas no Parque de Exposições, no Pelourinho (Largo da Tieta) e pela primeira vez em Paripe, na Rua da Estação.
“Em Paripe também teremos uma Vila Junina voltada para garantir apoio e fomento ao trabalho dos catadores e catadoras de material reciclável que estarão lá nessa localidade. Você que estará curtindo o São João nesses locais pode e deve contribuir com trabalho desses profissionais, garantido geração de trabalho e renda para eles e também dando destino adequado aos materiais recicláveis”, revela Joilson Santana, Coordenador executivo da ONG CAMA e um dos idealizadores do projeto.
A expectativa é de que durante os dias de festa sejam coletadas e destinadas para a reciclagem, cerca de 12 toneladas de materiais recicláveis, entre latas de alumínio, garrafas PETs e embalagens de plástico.
A cada 15 Kg de latas de alumínio ou de plástico (pet/embalagens de plásticos) coletados o catador(a) de materiais recicláveis autônomo recebe uma bonificação de R$ 30,00, e mais o valor do Kg do material recolhido.
Como nas edições anteriores, não só os catadores e catadoras de materiais recicláveis são beneficiados, um grupo de costureiras que integram o Costura Solidária Sustentável também são acolhidas pelo projeto. Elas produziram 560 mochilas sustentáveis com a reutilização de lona vinílica, geralmente usados em banner, que serão entregues aos catadores. Além das mochilas, os trabalhadores receberão também uma calça, uma blusa, um par de luvas e um par de botas.
O projeto que gera trabalho e renda em Salvador é uma realização da Coocreja, Cooperbari, Cooperguary, Caec, Canore, Camapet, Crun, Cooperes, Canarecicla, Cooperbrava, Cooperlix, Coleta Cidadã e a ONG CAMA, que integram o Fórum Estadual Lixo e Cidadania da Bahia, e conta com o apoio do Governo do Estado da Bahia (SEMA, SEDUR e SETRE), Voluntárias Sociais da Bahia e do MPT-BA, Limpurb e MPBA.
