Na manhã deste sábado (04), o Centro de Arte e Meio Ambiente (CAMA) realizou mais um processo de assessoramento técnico-ambiental voltada a cooperativas e associações de catadores e catadoras de materiais recicláveis da Bahia. A atividade teve como foco o treinamento no Sistema MTR-SINIR, plataforma digital do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) utilizada para emissão e gestão dos Manifestos de Transporte de Resíduos.

Participaram desta etapa representantes de mais de 15 organizações: Coopercatu (Catu), Acatam (Macaúbas), Cooperje (Jequié), Recicla Brejinhos (Brejinhos), Caelf (Lauro de Freitas), Rede Sol (Feira de Santana), Recicla Ouro (Ourolândia), Coopmarc (Camaçari), Coocreja (Salvador), Caec (Salvador), Camapet (Salvador), Cooperfitz (Juazeiro), Coocai (Inhambupe), Acres (Vitória da Conquista) e Canarecicla (Salvador).
Durante o encontro, a engenheira ambiental e sanitarista Libania Batista apresentou orientações sobre as obrigações e relatórios no SINIR, com destaque para dois instrumentos fundamentais da gestão de resíduos: a Declaração de Movimentação de Resíduos (DMR) e o Certificado de Destinação de Resíduos (CDR).
A DMR é uma declaração obrigatória que registra, trimestralmente, toda a movimentação de resíduos feita pelos geradores, transportadores e destinadores. O documento deve ser elaborado e enviado eletronicamente, por meio do Sistema MTR, até o último dia do mês seguinte ao encerramento de cada trimestre. Esse controle é essencial para garantir a rastreabilidade dos resíduos e o cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), promovendo mais transparência e responsabilidade ambiental.
Já o CDR é emitido automaticamente pelo sistema após a confirmação da destinação final do resíduo pelo destinador. O certificado atesta que o material foi tratado, reciclado ou destinado de forma ambientalmente adequada, servindo como comprovante legal e ambiental da destinação correta. Para as cooperativas e associações, o CDR é uma ferramenta importante para comprovar a regularidade ambiental das atividades e valorizar o trabalho das catadoras e catadores na cadeia da reciclagem.
Para a catadora de materiais recicláveis Zenaide Oliveira, representante da Cooperje, lidar com o novo sistema é um desafio, mas o processo foi bem elucidado pelo treinamento. “Tudo que é novo, quando a gente nunca mexeu, é um pouco complicado. Mas assim deu pra entender melhor e quero me aperfeiçoar, aproveitar essa oportunidade com o pessoal da Bamet”, disse.
O treinamento integra o projeto “Cidadão do Meio, Cidadão do Mundo: Fortalecendo as organizações de catadores e catadoras de materiais recicláveis para garantia de Direitos Humanos e Cidadania”, com apoio do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. A iniciativa busca fortalecer a gestão socioambiental das cooperativas, ampliando o reconhecimento do papel que exercem na sustentabilidade e na promoção da cidadania ambiental.





















