Representantes do Centro de Arte e Meio Ambiente (CAMA), Fórum Lixo e Cidadania da Bahia (FLC-BA), Secretaria de Educação do Estado, Casa Civil da Bahia e Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) se reuniram, nesta segunda-feira (16), para apresentar propostas voltadas à elevação da escolaridade de catadores e catadoras de materiais recicláveis. A iniciativa busca integrar essas ações às práticas de educação ambiental desenvolvidas nas escolas, fortalecendo vínculos entre comunidade, ensino e sustentabilidade.
Entre os pontos tratados na reunião, destacou-se a importância de que os estímulos ligados à escolaridade e à preservação ambiental nas escolas estejam associados a uma mudança de cultura, criando vínculos entre comunidade e ambiente. “É importante entender que aquela ação é para si, para a saúde da família e também para o ambiente, porque não estamos descolados dele”, afirmou José Tosato, coordenador do Comitê de Inclusão Socioeconômica de Catadores e Catadoras

As propostas estão sendo construídas com foco na continuidade, de modo que as iniciativas tenham caráter permanente. O engajamento de gestores escolares, professores, estudantes e dos próprios catadores e catadoras de materiais recicláveis é considerado essencial para consolidar uma cultura de valorização do conhecimento e da sustentabilidade.
Outro ponto central na construção das propostas é o mapeamento das experiências prévias das escolas no desenvolvimento de práticas de educação ambiental e inclusão sócioprodutiva. Esse diagnóstico permitirá direcionar as políticas de forma mais precisa, garantindo que as estratégias sejam assertivas e atendam às necessidades específicas de cada instituição. “Um dos critérios para escolher escolas deve ser a adesão, porque muitas vezes o problema não é estrutura, mas adesão. Outra questão é que escolas que já dialogam com as práticas ambientais têm mais chance de êxito”, afirmou Cristiane Lopes, assistente social do CAMA.

Também foi ressaltada a importância de atividades escolares que promovam o engajamento coletivo dos estudantes e a preservação ambiental. Viviane Silva Vasconcelos, representante da Embasa, destacou que, em casos de competições e premiações relacionadas a projetos de sustentabilidade idealizados pelos alunos, os benefícios devem contemplar toda a escola. “Essas estratégias reforçam o senso de pertencimento, estimulam o cuidado e a conservação, e promovem práticas educativas e sustentáveis que aproximam estudantes”.
O encontro evidenciou a integração entre educação, elevação da escolaridade dos catadores e preservação ambiental. As propostas em construção apontam para uma Bahia mais inclusiva, comprometida com a formação cidadã e ambiental, que busca fortalecer os vínculos entre escolas, famílias e cooperativas de catafores e catadoras de materiais recicláveis.





















