Na manhã desta segunda-feira (11), o Centro de Arte e Meio Ambiente (CAMA), o Movimento Nacional dos Catadores do Estado da Bahia (MNCR-BA) e com o Fórum Lixo e Cidadania Bahia (FLC/BA), esteve presente em uma reunião com integrantes da Secretaria de Educação do Estado da Bahia e da Casa Civil do Governo da Bahia para propor ações voltadas à alfabetização, à elevação do nível de escolaridade e à inclusão digital de catadoras e catadores de materiais recicláveis autônomos e cooperativados.
Na reunião, foi discutido como o CAMA e instituições parceiras podem contribuir com a escolarização de catadores e catadores cooperados e autônomos por meio de processos de formação e capacitação, principalmente com o uso de novas tecnologias, como os smartphones, visando também o letramento digital.

A assistente social do projeto Cidadão do Meio, Cidadão do Mundo: Fortalecendo as organizações de catadores e catadoras de materiais recicláveis para garantia de Direitos Humanos e Cidadania, Cristiane Lopes relembrou o papel da ONG CAMA e do projeto, no apoio à causa dos catadores e catadoras há três décadas. “A experiência de 30 anos do CAMA na atuação em diversos movimentos sociais de luta e defesa dos catadores e catadoras nos habilitaram estar aqui nesse momento de troca de informação e construção de políticas públicas para este público”, disse.
Já Jeane Santos, coordenadora do Movimento Nacional dos Catadores do Estado da Bahia (MNCR-BA) destacou a necessidade da formação escolar e universitária para os principais trabalhadores do serviço de reciclagem. “A alfabetização da categoria dos catadores(as) é uma pauta de extrema importância. Vamos lá, catadores e catadoras de materiais recicláveis da Bahia, se alfabetizar, retomar os estudos e ocupar as universidades!”
Luciana Menezes, chefe do gabinete da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, reforçou a relevância da formação para os catadores.“São pautas importantes de discussão e de diálogo com todos que estão aqui representando essa agenda. Espero que a gente consiga colocar em prática e achar maneiras de trazer para este público a nossa obrigação, que é a oferta de escolarização para catadores e catadoras que trabalham tanto e dão duro para poder sustentar as suas famílias”

Vale lembrar que o Governo da Bahia sancionou, na última quinta-feira (7), a lei que estabelece o Programa Bahia Alfabetizada. Entre as principais ações estão a oferta de capacitação para professores da rede municipal e a disponibilização de material didático para os anos da alfabetização voltado para o reforço da aprendizagem, além da criação de um comitê de Monitoramento e Avaliação que visa o engajamento dos setores da sociedade civil no acompanhamento da execução das ações voltadas para a melhoria da alfabetização
“Nós começamos a fazer um planejamento para uma ação mais direta de formação, elevação de escolaridade e alfabetização, quer dizer, da aplicação desse cardápio muito vasto que a Secretaria de Educação do Estado da Bahia tem, e que precisa ser direcionado de maneira cirúrgica para catadoras e catadores de materiais recicláveis”, disse José Tosato, coordenador executivo da Casa Civil e membro do Comitê de Inclusão Socioeconômica de Catadores e Catadoras.





















