Uma roda de conversa realizada na sede do Levanta-te e Anda, em Salvador, marcou o início de uma parceria entre as ONG Centro de Arte e Meio Ambiente (CAMA) e o projeto. O encontro, promovido nesta quarta-feira (23), integra o projeto “Cidadão do Meio, Cidadão Mundo”, apoiado pelo Governo Federal, através do Ministério dos Diretos Humanos e Cidadania, que busca promover os direitos humanos e a cidadania de catadores(as) de materiais recicláveis autônomos e em situação de rua, com ações voltadas à melhoria das condições de trabalho e renda.

Para Joilson Santana, coordenador do projeto e executivo do CAMA, o momento foi essencial para escutar quem vive essa realidade. “A intenção dessa roda é construir com esses trabalhadores(as) que estão em situação de rua, a possibilidade de pontes que fortaleçam as atividades desenvolvidas por eles. Queremos melhorar as condições de trabalho, mas, acima de tudo, garantir direitos humanos”, afirmou.

A coordenadora geral do CAMA e assistente social do projeto, Cristiane Lopes, destacou que o encontro também aponta caminhos para o futuro. “Que a gente consiga construir uma agenda com demandas que são inerentes ao cotidiano deles e que possam contribuir para a melhoria econômica e para a geração de renda. É olhar para essa realidade, identificar as demandas e construir propostas concretas que tragam melhorias para a vida deles”, explicou.

Gilcilene Silva, conhecida como Lena, coordenadora do Levanta-te e Anda, ressaltou a importância de unir esforços. “É um trabalho que produz de fato garantia de direito para a população de rua, uma população tão invisível. Eu acho muito importante esse trabalho em conjunto, porque a gente trabalha não só a garantia de direitos, mas também a questão de cuidar da vida, do subjetivo, do que leva essas pessoas à situação de rua”, declarou.

A roda de conversa também reforçou a metodologia de trabalho do CAMA, baseada na construção coletiva. “Nosso princípio é fazer com, e não fazer para. Por isso, nada mais justo do que dialogar com os catadores, as catadoras autônomos em situação de rua para definir, junto com eles, o planejamento das próximas atividades”, concluiu Joilson.

Até o final do ano, novas reuniões e ações serão realizadas com o objetivo de consolidar um calendário de atividades que fortaleça a cidadania, promova inclusão social e dê visibilidade a trabalhadores que historicamente enfrentam vulnerabilidades.

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